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sábado, 6 de dezembro de 2014

Só para os íntimos





Um amor desfeito é uma esponja úmida:
Apaga a esperança
Descolore o mundo
Esconde o sol
Deixa tímido o sorriso.
Um amor desfeito apaga a vida.

Mas fica no ar  uma poeira que incomoda, como resíduos de giz, partículas vagando em vão, tremeluzindo, tentando se reconstituir para cumprir o compromisso de imprimir uma história.

As partículas que flutuam ao redor de mim, inflamando, irritando meus sentidos, nublando, anuviando-me os olhos, se juntas, têm o brilho mágico para recompor o colorido original da vida.

Mas não quero, não devo, não posso lamentar o ontem, o hoje, o que passou; esse instante, o que virá, e depois...

O agora é transição;
E nada melhor do que os fatos da vida em transição. Nada mais empolgante e atraente do que o movimento. O movimento é o que há de mais significativo nessa divina existência. Mover-se!...

Nada mais digno do que saber-se vivo _ mesmo que essa consciência se nos desperta de um amor indigno. Por isso, eu quero um amor verdadeiro.

Só mesmo o amor verdadeiro é capaz de levar o homem nas nuvens, entre as estrelas, no cimo do destino, na misteriosa escalada da vida.

Quero um amor verdadeiro.
Cansei de ser um mero doador, só eu sempre, a oferecer amor verdadeiro.
Todas as vezes que amei, ofereci amor verdadeiro;
Agora, quero um amor verdadeiro.

Existe sim, amor verdadeiro;
Todas as vezes que amei, foi amor verdadeiro.
Como será que é o amor verdadeiro?

Eu quero muito sentir o que sente aquele que recebe amor verdadeiro.
Às vezes penso, como seria bom um amor recíproco, de igual proporção, grandeza equivalente; um amor linkado direto, para download e upload, direto ao coração. Um amor assim, cliente/provedor, compartilhando intimidades. Um amor de salvação. Um assim é o que ofereço e espero na minha doce ilusão.

Isso exige responsabilidade, cuidado, porque o mundo é muito estranho.
O amor verdadeiro é algo meio complicado. É exigente. É uma mistura de não e sim na plenitude da sua liberdade de ser como é. Mas essa perfeição é nada ser além da simplicidade da sua perfeição de apenas existir. Exige exclusividade. E nessa prioridade exige-se que o seja proclamado e exaltado. Contudo exige sigilo. Que o seja compartilhado só para os íntimos. Por quê?

Ora! Por que! Os pastores são hostis e o amor é um cordeiro. O mundo adora sacrifícios. O amor é sempre ingênuo e puro _ uma bela oferenda. E eu lhes digo: Não há no mundo pessoa mais íntegra do que aquela capaz de oferecer amor verdadeiro. Ah!...



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