Dizem que depois da
tempestade vem a calmaria;
Eu quero acreditar,
mas a vida é de uma turbulência que parece nunca ter fim.
Dizem que o céu é de
verdade, Deus é justo e o paraíso existe;
Eu quero acreditar,
mas os que sempre detêm o poder são obreiros satânicos, e a injustiça tem sido
soberana, e o acesso ao paraíso me parece cada dia mais improvável e distante.
Será que no final
seremos felizes? Quando?
Depois do nada que
somos o mais seremos?
Podemos ser nada sem
consciência do fomos e do que somos?
Depois de tornar-me
pó o que me importa a vida?
Eu já a vivi, bem ou
mal, sou passado.
Somos todos heróis
medíocres;
_ Heróis porque
vivemos _, sobrevivemos.
Á custa do que
sobrevivemos, ainda?
Títulos, estrelas, licenças...
Doutores da morte.
Após tantas e tantas
tragédias a vida ainda é vida, continua.
Insistentemente a
vida continua; como que por vingança d’algum deus, continua.
Ah, você tem
propósito!
Existe algo melhor
do que o propósito de viver?
Então por que não
conseguimos compartilhar o respeito desse direito de todos?
Ah, somos humanos?!
Eu quero acreditar.
Mas eu simplesmente não consigo!